Origem
Brejo Santo é um município brasileiro do estado do Ceará, localizado na microrregião de Brejo Santo e mesorregião do Sul Cearense. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 50 195[5] habitantes.
História
As terras localizada no sopé da Chapada do Araripe, eram habitadas pelos índios Kariri,[6] antes da chegada das entradas no interior brasileiro durante o século XVII.
Os integrantes das entradas, militares e religiosos, mantiveram os primeiros contatos com os nativos, estudaram todas a região dos cariris, catequizaram os indígenas e os agruparam em aldeamentos ou missões. Os resultados destes contatos e descobrimentos desencadearam notícias que na região tinha ouro em abundância e em seguida desencadeou-se uma verdadeira corrida para os sertões brasileiros, onde famílias oriundas de Portugal, sonhando com as riquezas de terras inexploradas e com a esperança de encontrar o minério, que as levariam a aumentar o seu patrimônio material, além de aumentar o seu prestigio pessoal com a corte portuguesa.
A busca do metal precioso, nas ribanceiras do rio Salgado, trouxe para a região do Sertão do Cariri, a colonização e com consequência a doação de sesmarias, o que permitiu o surgimento de lugarejos e vilas. Brejo Santo como núcleo urbano surgiu neste contexto, ao redor de uma fazenda.
No ano de 1858 existia, onde hoje se situa a cidade de Brejo Santo, duas casas: uma propriedade do Coronel Aristides Cardoso dos Santos e uma pertencente a viúva de Antonio José de Sousa, Senhorinha Pereira Lima, onde o tropeiro se abastecia de farinha, arroz, fumo, bebida, descansava os animais e depois partia em rumo de Jardim.
Neste mesmo ano, chegou a Brejo Santo, o Coronel Clementino Cavalcanti, José Francisco da Silva, sua esposa Ana Maria Gomes da Silva e seus filhos. Pouco a pouco, o povoado foi crescendo, surgindo novas casas, bodegas e com uma tendência sempre ascendente de desenvolvimento, foi concedido os Foros do Distrito. Por iniciativa de Basílio Gomes da Silva, filho de José Francisco da Silva, foi enviada uma carta a Dr. Antônio Luiz dos Santos solicitando a criação da freguesia de Brejo dos Santos. Com a Lei Provincial numero 1.708, de 25 de julho de 1876, criou-se a paróquia, separando, assim, das paróquias de cidades vizinhas, entretanto, somente em 02 de setembro de 1877 é que o Padre Francisco Lopes Abath chegou a cidade.
Com a frequente expansão populacional e comercial, Brejo dos Santos tornou-se vila pelo decreto numero 49, de 26 de agosto de 1890, de autoria do Governador do Estado, Coronel Luiz Antônio Ferraz, criando, assim, a "Villa de Brejo dos Santos”. Finalmente, a vila passou a cidade pelo Decreto-Lei Estadual numero 448, de 20 de dezembro de 1938, com o topônimo simplificado de Brejo Santo.
A cidade de Brejo Santo somente tomou a configuração física dos dias atuais com a Lei numero 1.153, de 22 de Novembro de 1951, ficando, por conseguinte, assim constituído: Brejo Santo (Sede do Município) São Felipe e Poço (Distritos), perdendo com a referida lei o distrito de Porteiras, que passou a configuração de cidade.[7]
Cultura
Os principais eventos culturais são a festa do Sagrado Coração de Jesus, na última semana do mês de julho e a vaquejada, realizada no final do mês de agosto, período que concentra a semana do município e atrai pessoas de toda a região. O bloco carnavalesco "O Cabeção" também é uma tradição de Brejo Santo. Outras atrações que vem se tornando parte da cultura local são os festivais de rock: Rock in brejo e São Rock, que tem atraído pessoas de cidades circunvizinhas.
Divisão Política
Hidrografia e recursos hídricos
O município está localizado na bacia hidrográfica do rio Salgado, um afluente do Jaguaribe, com os riachos: do Bálsamo, Jenipapeira e dos Poços. Também se localiza em Brejo Santo o Açude Atalho que tem capacidade de armazenar 108 milhões de metros cúbicos de água. Este açude será o reservatório de entrada das águas do projeto de transposição do rio São Francisco, o que tornará a cidade uma possível recebedora de projetos de desenvolvimento agrícolas e industriais. Além disso espera-se a construção da ferrovia transnordestina, que deverá impulsionar ao setor primário e secundário de toda a região.